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A historiadora Andreia Fidalgo apresentou, recentemente, na ação de formação inédita que decorre no Museu Municipal - Edifício do Compromisso Marítimo, uma forma diferente de ver Olhão, referindo-se à génese da localidade e a algumas das personalidades históricas mais marcantes. Já na próxima sessão, que acontece hoje às 16h30 e conta com a presença de David Costa, estará em foco a aplicação prática das tecnologias no contexto da temática O Passado do Meio Local.

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Uma perspetiva histórica de Olhão desde a sua génese. Foi desta forma que Andreia Fidalgo apresentou o concelho aos professores que recebem ensinamentos no âmbito da iniciativa O Passado do Meio Local: Olhão. Foi apresentada uma visão global do início de Olhão, referindo-se de que forma é que o desenvolvimento desta terra esteve na origem das instituições que estruturaram o desenvolvimento da localidade e aludindo às suas mais ilustres personalidades históricas. 

Foram abordados alguns dos principais momentos de afirmação da localidade: a integração do Lugar de Olhão na freguesia de Quelfes, em 1614; a criação da freguesia de Nossa Senhora do Rosário, em 1695, que resultou na edificação de uma nova igreja matriz, aberta ao culto em 1715; a constituição do Compromisso Marítimo de Olhão, em 1765, autonomizando-se os pescadores de Olhão relativamente aos de Faro, e cujo edifício-sede se inaugurou em 1771. 

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Também foram referidas as invasões francesas e a revolta popular de 16 de junho de 1808, na qual os olhanenses lutaram contra as tropas napoleónicas, acabando por resultar na expulsão dos invasores da região do Algarve. Na sequência desse acontecimento, os pescadores locais rumaram ao Brasil no Caíque Bom Sucesso, para levarem a boa nova à família real. De lá, trouxeram o alvará régio de 15 de novembro de 1808, no qual o lugar de Olhão era elevado ao estatuto de "vila". Assim, na sequência, por alvará de 20 de abril de 1836, seria formalmente constituído o concelho de Olhão. 

Em Olhão nasceram ilustres personalidades, que se destacaram quer pela sua atuação local, regional ou nacional. Destacam-se, por exemplo, os patronos das escolas olhanenses, como Paula Nogueira (1859-1944), médico-veterinário e agrónomo, com uma vasta obra científica nesse domínio, e que foi inclusivamente diretor dos Serviços de Instrução Agrícola do Ministério da Agricultura e Director da Escola Superior de Medicina Veterinária; José Carlos da Maia (1878-1921), que foi um dos fundadores da República Portuguesa; João Lúcio (1880-1918), advogado e grande poeta nacional, cuja obra poética reflete o amor pela região algarvia; Francisco Fernandes Lopes (1884-1969), médico olhanense e grande intelectual que se destacou pelo seu interesse e obra produzida nas mais diversas áreas do saber (filosofia, história, música, etc.) e Alberto Iria (1909-1992), diretor do Arquivo Histórico Ultramarino durante 30 anos, e grande responsável por trazer à luz do dia várias fontes documentais cruciais para o desenvolvimento da história local e regional.

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