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2015-220-poesia-a-sul-9-outubro-01Tem sido uma constante na primeira edição do Encontro Poesia a Sul a forte adesão do público espanhol, que tem acorrido do outro lado da fronteira para marcar presença nas muitas atividades da iniciativa, que decorre até dia 17 deste mês de outubro.

Esta afluência é de tal forma significativa que, em alguns eventos, o público espanhol chega a cifrar-se em metade do total de pessoas presentes. Foi assim no passado sábado, na apresentação dos poetas Emilio Durán e Amadeu Baptista.

Emilio Durán nasceu em Sevilha, onde ainda reside. Licenciado em Direito, é um dos poetas que mais se destaca no panorama literário espanhol contemporâneo: viu premiados os seus volumes de poesia Cartas Son Cartas, Mosaico de los Amores Perdidos, Logia de Conversos, Memoria de la Vida e Itinerario de Amor Sobre un Plano de Olavide.

O poeta sevilhano é também autor de diversos livros de contos e dois romances. De acordo com o seu congénere olhanense Fernando Cabrita, a poesia de Emilio Durán “projeta-se, fazendo a ligação entre o que se vai passando e o futuro”. O comissário do Encontro sublinhou também o caráter irónico e humorístico da poesia do escritor espanhol.

Amadeu Baptista é um poeta portuense, um dos mais galardoados e traduzidos do nosso País: os seus poemas foram traduzidos para alemão, castelhano, catalão, italiano, inglês, francês, hebraico e romeno. É divulgador em Portugal de poetas espanhóis e hispano-americanos e tem colaboração dispersa em jornais, revistas, antologias e livros coletivos, em Portugal e no estrangeiro, designadamente na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, E.U.A., Espanha, França, Grã-Bretanha, Itália, México, Roménia e Uruguai.

De entre os seus vários livros inéditos, destacam-se Atlas das Circunstâncias, Desenho de Luzes, Paixão, O Bosque Cintilante, O Ano da Morte de José Saramago e Poemas de Caravaggio, este último vencedor do Prémio de Poesia João Lúcio, promovido pela Câmara Municipal de Olhão, relativo a livros de poesia publicados entre o ano de 2006 e o primeiro semestre de 2008.

No evento deste sábado, Amadeu Baptista reconheceu a forma calorosa como se sente sempre recebido em Olhão e agradeceu à Autarquia a iniciativa que permite, assim, que escritores de ambos os lados da fronteira se reúnam neste intercâmbio.

Este que é, nas palavras de Fernando Cabrita, “um dos grandes poetas portugueses contemporâneos”, descreveu a natureza da sua escrita como “uma forma de resguardar o brilho que as coisas têm na infância, brilho que vai enferrujando à medida que crescemos. Escrever é, em última análise, um ajuste de contas com o passado”.

Tendo como palco a Galeria Sul, Sol e Sal, Emilio Durán e Amadeu Baptista aproveitaram para dar a conhecer a sua obra aos presentes, partilhando através da sua própria voz diversos poemas da sua eleição.
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